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No momento dos smartphones, computadores e tecnologia, além da migração do campo para a cidade, o movimento cultural do gaúcho se consolida e cresce no Brasil e mundo afora.
A valorização da vida no campo, da família e da história são importantes para se formar uma ideia que ultrapassa o Rio Grande do Sul. Parece até uma incoerência com os valores da modernidade, que podemos realmente discutir, se estamos vivendo uma evolução ou involução.
Quando oito alunos do Colégio Júlio de Castilhos, de Porto Alegre, se reuniram em 24 de abril de 1948, fundaram o 1º Centro de Tradições Gaúchas (CTG) e deram origem a um movimento que mexeu com o coração deste povo adormecido, diferente e apaixonado.
Existem hoje, no Brasil, quase 3 mil CTGs em praticamente todos os Estados da Federação e alguns no exterior.
As fronteiras do Brasil foram ampliadas nas patas de cavalos e pontas de adagas. O gaúcho traz consigo um amor muito especial pelo cavalo, e, mesmo morando na cidade, procura carregar consigo o pingo das campereadas imaginárias e no desfile de 20 de setembro desfila altivo e faceiro.
No entorno das grandes cidades estão estabulados grande número de cavalos, movimentando recursos e empregando grande número de empregos.
Na Semana Farroupilha se reúnem gaúchos de todos os tipos, com bailes, carreiras e churrasco. Cultuando a tradição.
No Acampamento Farroupilha em Porto Alegre passaram no último ano mais de 1 milhão de visitantes, número que cresce a cada ano. Isto demonstra o reencontro do gaúcho com as suas origens.
Quando Érico Veríssimo escreveu o Tempo e o Vento, reviveu uma história perdida na memória.
Nosso hino é cantado em todos os rincões, e uma frase marca: "sirvam nossas façanhas de modelo a toda Terra" mostra que para o gaúcho não existem fronteiras.
Precisamos então pensar, será que estamos na contramão da história?
Ou temos novos caminhos a seguir? Mais próximos da família e com valores mais profundos.
Vale uma reflexão.